Eu, após viajar muito de ônibus, de avião e automóvel, só consegui experimentar um contato profundo comigo mesmo depois que passei a viajar de motocicleta.
Sabe-se lá o porquê, mas sempre tentei me justificar acreditando que pilotar uma moto por longos períodos de tempo gera um estado mental diferenciado. O corpo, em contato direto com o ambiente, parece estar sob as carícias da natureza. A mente relaxa, mas os reflexos ficam acesos e prontos para dar comandos rápidos aos membros.
Em outra oportunidade
cheguei a comparar esse estado psíquico ao que os antigos monges taoístas
chamavam de “encontrar o silêncio no meio da tempestade”. É uma espécie de
inebriamento que só acontece quando nos deslocamos em velocidade moderada.
Quando se acelera com exagero as emoções são diferentes, decorrem da
adrenalina, mas não se atinge essa condição espiritual.
Contudo, não advogo a tese de que a motocicleta é o melhor veículo para todos.
Trata-se de uma constatação pessoal. Sei de outros viajantes que vivenciaram
emoções idênticas dentro de um jipe, de um veleiro, sobre uma bicicleta ou
simplesmente caminhando ou mochilando pelas estradas do mundo.
Quem viaja está sempre construindo algo diferente para suas vidas. Está abrindo seu coração para novos sentimentos e amizades. Está descerrando a mente para novos conhecimentos, os olhos para novos cenários e horizontes. Enfim, compartilhando sua alma com o planeta que o acolhe.
Por: Flávio Faria (Brasília – DF)
cheguei a comparar esse estado psíquico ao que os antigos monges taoístas
chamavam de “encontrar o silêncio no meio da tempestade”. É uma espécie de
inebriamento que só acontece quando nos deslocamos em velocidade moderada.
Quando se acelera com exagero as emoções são diferentes, decorrem da
adrenalina, mas não se atinge essa condição espiritual.
Contudo, não advogo a tese de que a motocicleta é o melhor veículo para todos.
Trata-se de uma constatação pessoal. Sei de outros viajantes que vivenciaram
emoções idênticas dentro de um jipe, de um veleiro, sobre uma bicicleta ou
simplesmente caminhando ou mochilando pelas estradas do mundo.
Quem viaja está sempre construindo algo diferente para suas vidas. Está abrindo seu coração para novos sentimentos e amizades. Está descerrando a mente para novos conhecimentos, os olhos para novos cenários e horizontes. Enfim, compartilhando sua alma com o planeta que o acolhe.
Por: Flávio Faria (Brasília – DF)
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